terça-feira, 27 de abril de 2010

DERROTA COM SABOR DE EMPATE. SERÁ?

Por Alex Cereda
Primeiramente, o título deste post seria empate moral. Desde 1978, quando supostamente o Brasil deveria ter sido campeão da Copa do Mundo, mas, prejudicado por uma suposta facilitação do Peru em jogo contra a Argentina, não foi, a imprensa costuma usar a expressão campeão moral, empate moral, para justificar algum resultado modificado por algum fator extracampo.
Tecnicamente, partindo do significado desta expressão, até que poderíamos justificar nossa derrota de sábado na Fazenda Nata como sendo um empate moral. Afinal, fatores extracampo teriam determinado nossa derrota. Será mesmo que poderíamos assim dizer?
Ora, se o carro do filho do nosso goleiro, Borracha, não tivesse quebrado sei lá onde, poderíamos dizer que ele estaria no horário combinado em frente ao Tiro de Guerra e de lá partiríamos todos contentes e felizes para o jogo, e então nosso time não tomaria dois gols, frutos de falhas absurdas deste que vos escrevem, e então, ao final da partida, teria empatado com o time da casa em dois gols. Será mesmo?
Talvez sim, talvez não, quem sabe? Alguém sabe? Caso Borracha estivesse no gol quando o jogador adversário pegou a bola, atravessou todo o campo sozinho, sem ninguém ao menos chegar perto dele, armou o chute sem ninguém para tentar atrapalhá-lo, ele chutaria fraquinho no meio do gol e a bola entraria? Poderia ele, ao ver o Borracha no gol, caminhar mais uns dez metros com a bola e tocá-la no cantinho do Borracha? Tudo são suposições, nunca saberemos responder.
A verdade é que nosso time entrou absorto em campo. Dormindo mesmo, um sono gostoso, daqueles típicos de sábado à tarde com cara de chuva. Acordamos e acertamos o time quando o placar já estava 3 a 0 para o adversário. E quando nosso time acordou, mostrou que tem muitas qualidades. Durante longos quinze minutos dominamos inteiramente o time adversário, que ficou até o final do primeiro tempo sem sequer dar um chute a gol. E, além dos dois belos gols, poderíamos ter feito mais, pelo menos empatado a partida.
Só que o intervalo serviu como uma ducha de água fria, ou, no nosso caso, uma ducha de água quente, daquelas que relaxam antes de outro sono gostoso. E o segundo tempo transcorreu modorrento, sem sal, sem que a gente verdadeiramnente quisesse alcançar um resultado melhor.
Ainda assim, no geral, a equipe correu, se esforçou, percebe-se que há uma vontade generalizada em crescer, evoluir como equipe. Mas falta ainda aquela vontade de conseguir algo mais, de se doar um pouco mais pelo time. Ficou nítida, ao menos para mim, em todo o segundo tempo, esta sensação.
Tecnicamente, com os times completos, poder-se-ia dizer que o resultado final foi empate. Para mim, nosso time mereceu mesmo a derrota, independente de como ela tenha ocorrido.

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