Por Alex Cereda
A derrota de sábado passado, para o bom time da Ótica Central, fez com que mudanças ocorressem no Dieselcar F.C., ainda que a derrota em si não tenha sido o fator determinante. Mas o que ocorreu dentro de campo durante a derrota, somado ao que ocorreu antes do jogo começar, fez com que a diretoria buscasse mudanças para manter o elenco coeso.
O Dieselcar F.C., até sábado passado, tinha em seu elenco quinze jogadores, quinze. É jogador que não acaba mais. E com a perspectiva da chegada de mais um. Seriam dezesseis para brigar pelas oito vagas. Mas aí quatro estavam trabalhando, utm viajando e um estava contundido. O que deveria chegar no sábado não foi avisado e, bom, ainda teríamos nove jogadores. Opa, mas um não avisou, e sem avisar a gente fica esperando e não chama ninguém para completar o elenco. E chegamos para jogar contra um adversário que tem como principais características a velocidade e o toque de bola em velocidade com apenas oito jogadores. Era o que o Dieselcar F.C. teria que enfrentar sem banco de reservas.
Antes do jogo, a estratégia foi montada. "Cozinhar o galo" o máximo possível, ou seja, tornar o jogo o mais lento possível, a fim de forçar o adversário a mudar seu estilo de jogo. De quebra, deixando o jogo mais lento, obviamente, correríamos menos e sofreríamos menos o impacto de não termos banco de reservas enquanto o adversário tinha cinco jogadores no barranco esperando para entrar.
Ocorre que nosso time sofre de um mal crônico: a falta de paciência. E sem paciência não há como colocar em prática a estratégia pensada antes da partida. A verdade é que, de uma hora para outra nosso time acreditou que seria possível, e até necessário, enfrentar nosso adversário na correria, forçando o jogo, ainda que não contássemos com um volante sequer à disposição. Portanto, se nos primeiros cinco minutos nosso time colocou em prática o combinado antes do jogo e levou o jogo sem gols até então, a partir do momento que acreditou que poderia jogar em velocidade contra um time bem entrosado cuja principal qualidade é justamente a velocidade, em cinco minutos viu o adversário abrir dois a zero fácil, fácil. Voltamos a cadenciar o jogo, certo? Errado, continuamos a querer jogar em velocidade, forçando as jogadas, e o primeiro tempo só terminou três a zero para eles porque nosso time cadenciou um pouco o jogo no final do primeiro tempo.
Conversa no intervalo e vamos tentar algo, certo? Errado, porque mal começou o segundo tempo e sofremos mais um gol. Descontamos a seguir, mas levamos outro gol na saída de bola. Não tinha jeito, era parar para não levar uma grande goleada.
No entanto, o time continuou "louco", sem qualquer consistência e totalmente apático em campo, apenas assistindo ao adversário jogar. Apesar disso, não justifica o que fez nosso goleiro quando o placar marcava 6 a 1 para o adversário, simplesmente tirando a camisa e abandonando a meta e o time. Fato é que o que estava ruim ficou ainda pior, e no final a goleada se desenhou com facilidade, e os 9 a 3 ainda foi pouco pelo que poderia ter sido. O time deles mereceu ganhar de mais.
Para mim, a atitude do nosso agora ex-goleiro foi idêntica ao que fez Ademir, por exemplo, durante o campeonato da APCEF. Mas são águas passadas, e a diretoria já agiu com rapidez e já fechou com outro goleiro para a temporada 2013. Também sobrou para Sílvio, que foi excluído do elenco que representará o Dieselcar F.C. durante a temporada.
Para a próxima partida, novamente teremos problemas para montar o elenco. Portanto, teremos que contar com a doação de cada um que for ao jogo para que possamos fazer um bom jogo, nosso primeiro objetivo a cada sábado. E, se possível, sair com mais uma vitória de campo.
