BOLA PRA FRENTE

Por Alex Cereda

Assimilado o golpe, é hora de levantar a cabeça e seguir em frente. Evidentemente, ninguém está feliz com o futebol que estamos jogando. As derrotas, sinceramente, seriam consideradas normais nas duas partidas que perdemos, mesmo que estivéssemos completos e tivéssemos jogado uma grande partida.

É claro que vencer as duas partidas, jogando nosso melhor futebol, também seria normal. Portanto, os resultados das duas últimas partidas, em si, não me preocupam, na verdade. O que me preocupa é a falta de vibração de um time que deveria lutar até o fim por um resultado melhor, ainda que perdendo a partida. Se no sábado anterior nosso time lutou bravamente até o final, contra uma equipe tecnicamente e fisicamente melhor, e mereceu até mesmo o empate, neste último sábado a atuação foi pífia.

Para mim, o que se deve mudar na equipe é a postura com que encaramos o jogo. Não me interessa se o lateral não joga bem, se não temos zagueiro ou volante, se nosso centroavante não foi ao jogo, nada disso me interessa. O que me interessa é a equipe entrar em campo para jogar futebol e buscar jogar da melhor forma o tempo todo.

Se há dificuldades na armação do time, o time deve se unir ainda mais para superar as dificuldades. Se um jogador não está bem, devemos jogar por ele, fazer com que ele entre no jogo, e não o contrário. Se a jogada não sai de um jeito, vamos buscar o jogo de outra forma.

Não há espaços para discussões dentro do campo. As discussões devem acontecer fora do campo. Dentro do campo somente um deve falar e os demais devem ouvir. Isto vinha sendo seguido, mas foi esquecido na última partida. Ficamos discutindo nossos erros no meio da partida enquanto o adversário corria e marcava os gols.

Na próxima rodada, novamente o time vai estar desfigurado, muito provavelmente. Negão e Renato já são desfalques certo. Ainda que a diretoria esteja trabalhando para buscar reforços para suprir a ausência definitiva do Weillington, e das ausências constantes de Henrique e Ivan, o time ainda vai demorar para readquirir o entrosamento que tinha até o início do campeonato, vamos ter que fazer isso dentro da competição.

A hora, agora, é de união. É hora de correr pelo companheiro que não está bem, de se doar um pouquinho a mais em campo. De dar um gás a mais e sair para descansar, enfim, de jogar coletivamente, de jogar, realmente, como um time.

No próximo sábado, as dificuldades serão as mesmas vividas neste que passou. Temos que saber superá-las, e para isso precisamos nos unir. Esta é minha visão do que vem acontecendo. Temos bons jogadores em todos os setores do campo, mas, na maioria das vezes, estamos procurando nos eximir de nossas responsabilidades dentro de campo. É hora de crescer como time. E o próximo jogo é ideal para isso.