domingo, 30 de janeiro de 2011

EMPATE COM SABOR DE QUE?

Por Alex Cereda
O jogo está três a zero para o adversário com quinze minutos jogados no primeiro tempo e o jogo termina seis a seis. Qual o sabor do empate? De vitória, claro. Afinal, o time estava sendo dominado e acabou empatando o jogo, logo a sensação é de dever cumprido, parabeniza-se a vontade e o espírito de luta que cuminou em reação e todos vão felizes para casa.
Agora, o mesmo jogo que estava três a zero para o adversário no início do primeiro tempo chega ao minuto final do segundo tempo seis a quatro para seu time, depois de uma reação espetacular. De repente, o jogo termina em seis a seis. Qual o sabor do empate? De derrota, obviamente. Afinal, o jogo estava totalmente dominado pela sua equipe e em duas bolas perdidas no meio de campo o adversário marca duas vezes em lances consecutivos, ofuscando a grande atuação do time durante boa parte do jogo.
Resultado a parte, que poderia ser totalmente positivo com a manutenção da vitória contra a forte equipe da Corol de Rolândia, é preciso exaltar o poder de reação que o Dieselcar F.C. mostrou no último sábado. Sinceramente, foi muito satisfatório ver nosso time lutando em campo mesmo com o placar e o jogo sendo desfavorável como foi no começo do jogo. Esta luta sempre foi uma das marcas do Dieselcar F.C. e que há tempos estava perdida. O time agora sabe que um placar adverso não pode ser motivo para que o time não busque o resultado positivo. Foi necessário correr riscos para alcançar um resultado melhor? Foi, mas o time em momento nenhum abalou-se com o resultado adverso.
Ao contrário, aqueles que entraram ainda no primeiro tempo trataram de mudar o panorama do jogo. Logo, o que era um "passeio" a favor do adversário tornou-se um jogo equilibrado e logo depois nossa equipe já dominava o jogo. E o final do primeiro tempo terminou três a um para o adversário.
O tempo regulamentar do segundo tempo, ou seja, os primeiros trinta e cinco minutos do segundo tempo foram só nossos. E nosso time massacrou o adversário por cinco a um, mostrando muita tranquilidade para virar o marcador, sempre abusando do toque de bola curto, desejo antigo da comissão técnica. Mesmo aqueles que estavam mal no primeiro tempo voltaram com outra pegada no segundo, e aí ficou fácil jogar futebol. Os gols foram saindo naturalmente, como se fossem fáceis, e o time adversário apenas assistia ao nosso jogar. Na verdade, o domínio aconteceu até mais ou menos os trinta e sete minutos do segundo tempo.
Mas, e desta vez houve um mas, o jogo já se encaminhava para o final, ou para o que a gente achava que seria o final, quando o adversário diminuiu a vantagem para um gol. E logo em seguida, aos quarenta e um do segundo tempo, após perdermos uma bola dominada no ataque, levamos o empate em um contraataque rápido. Aos quarenta e dois minutos, o jogo acabou.
No final, o empate teve um sabor estranho, um misto de satisfação pelo futebol apresentado e frustração pela vitória que estava em nossa mão, mas que não veio. E alegria por ter mostrado àqueles que tiravam sarro do nosso time atrás do gol que de fraco nosso time não tem nada.

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