quinta-feira, 29 de março de 2012

FALTOU O "ALGO A MAIS"



Por Alex Cereda

Jogo contra o Sede Zero é sempre duro. O time deles constuma exercer uma marcação forte em todo o campo e tem um centroavante perigosíssimo. E nosso time tem dificuldade para jogar contra o time deles. Tanto que, em cinco jogos disputados contra eles, são três derrotas, um empate e uma vitória.
Nosso time, no começo deste ano, tem jogado um futebol mais ofensivo, a escalação do time mostra isso. Jogamos com dois laterais que gostam de apoiar, um volante que costuma jogar como meia ofensivo e dois meias habilidosos, além do centroavante, que em alguns jogos não é centroavante de ofício, mas um meia ofensivo deslocado para a função.
A tendência para a partida do último sábado era de que a gente partisse para o ataque e o time deles buscasse o contra-ataque. Só que o começo do jogo não foi assim. Nosso time parecia "travado" em campo enquanto nosso adversário entrou voando e ligado no que acontecia dentro do campo. O resultado disso foi que levamos um gol de rebote em cobrança de falta. Não me recordo da última vez que isso aconteceu contra nosso time.
Nem o gol deles acordou nosso time, que parecia estranho. Apenas Thiaguinho, pela esquerda, jogava na mesma intensidade do jogo anterior. E foi num lance espetacular dele que nosso time chegou ao empate. Após um "chapéu" sensacional no lateral adversário, nosso jogador foi aterrado pelo goleiro adversário. Pênalti que Paulo converteu e chegou a acordar o time, que terminou o primeiro tempo melhor, mas nada que pudesse sugerir o merecimento de terminar o primeiro tempo na frente.
O segundo tempo começou igualzinho ao primeiro. Nosso time ainda estava dormindo quando o Sede Zero fez o segundo, logo no primeiro lance depois do intervalo. Esse gol, sim, fez nosso time acordar. E, embora sem o mesmo brilho do jogo anterior, passamos a controlar o jogo. E o empate demorou pouco a sair, novamente com Paulo, desta vez de cabeça, depois de um belo cruzamento de Charles.
A partir daí, o jogo passou a ser jogado de forma equilibrada. O jogo era lá e cá e o Dieselcar F.C., enfim, se lançou ao ataque para buscar a virada, expondo-se aos contra-ataques. A tendência do jogo era confirmada apenas aos dez minutos do segundo tempo, mas finalmente acontecia.
E o contra-ataque superou o ataque. Num lançamento longo para o ataque, nosso time acabou dando o rebote para o adversário e o time deles ficava novamente em vantagem. A partir daí, nosso time se lançou de vez para o ataque, ainda que tivesse em campo um time mais defensivo que o do começo do jogo. 
A pressão até o final do jogo foi total. Em alguns momentos em nosso campo de defesa havia apenas o Rumiato e mais um jogador nosso. Os demais estavam todos no campo deles. E ao adversário restavam as faltas para parar nosso ataque. Até que a sexta falta foi cometida, já no final do jogo. Paulo novamente mandou a bola para o fundo da rede e decretou o placar final. Justo empate em 3 a 3, que manteve nosso time a frente do Sede Zero, agora na quinta colocação.
No fim, ficou visível nossa dificuldade em jogar sem um centroavante de ofício. Os jogadores que têm atuado na frente, nas ausências do Ric e do Dieggo, muito se esforçam e ajudam muito o time, mas não tem o hábito de jogar ali, o que acaba prejudicando o próprio jogador e, consequentemente, o time. De positivo, a vontade que o time mostrou em querer empatar o jogo. Se começamos mal e desligados o jogo, terminamos o jogo vibrando muito e querendo o empate, que acabou acontecendo. 
A hora é de buscar um melhor entendimento entre o meio e o ataque. Se tivermos o Dieggo em campo, essa tarefa é facilitada. Caso tenhamos que improvisar, devemos buscar o jogo de tabelas rápidas e chutes de média e longa distância também. Nosso time pode jogar muito melhor do que vem jogando, o que é animador.

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