DERROTA SEM CRISE

Por Alex Cereda

O Dieselcar F.C. buscava a reabilitação na competição, depois de duas derrotas. O Mozzamaq buscava manter a boa fase na competição, pois vinha de duas vitórias consecutivas. O Dieselcar F.C. poderia até se classificar após o jogo, dependendo dos demais resultados, já o Mozzamaq entrou em campo classificado, buscando alcançar as primeiras colocações e a vantagem na próxima fase.

Nosso adversário era favorito na partida e começou impondo seu ritmo de jogo. Tranquilo na competição, entrou abusando das jogadas em velocidade, enquanto nosso time buscava se encontrar em campo primeiro, para depois tentar jogar futebol. Assim, quando o Dieselcar F.C. acordou, o placar já era favorável ao Mozzamaq, que abriu o marcador em uma cobrança de falta que desviou na defesa para entrar.

E o predomínio do adversário durou até mais ou menos a metade do primeiro tempo. A partir daí, nosso time encontrou a melhor forma de jogar e passou a controlar a posse de bola, ainda que continuasse a sofrer alguns contra-ataques perigosos. Mas era o Dieselcar F.C. que ditava o ritmo de jogo e chegava mais ao gol adversário. E nosso domínio foi premiado com o gol de empate, em um chute de média distância de Paulo que foi desviado por Charles para entrar no gol adversário.

Para o segundo tempo, o time voltou da mesma forma, controlando o jogo por meio da posse de bola e jogadas de aproximação, sem deixar que o adversário usasse da sua melhor arma: a velocidade. Passamos a tocar mais a bola e a mantivemos em nossos pés por mais tempo. E nosso domínio foi novamente premiado com o gol da virada, em uma bela cabeçada de Betão após cobrança de escanteio.

E o gol não modificou o panorama da partida. O Dieselcar F.C. continuou a dominar o jogo, enquanto o adversário não encontrava uma maneira de chegar ao gol de empate. Abrindo-se para buscar o empate, começou a dar espaços para nosso time, que teve duas oportunidades para ampliar o marcador, mas não conseguiu.

E aí entrou em campo um dos fatores decisivos para nossa derrota: o cansaço. Com a exclusão de Renato ainda no começo do jogo e a contusão de Dieggo, que entrou em campo com problemas nas costas, o time contava apenas com um jogador no banco de reservas. E a correria para conter a velocidade do adversário, que surtiu efeito até a metade do segundo tempo, passou a cobrar seu preço.

Extenuado, o time não conseguiu suportar os quinze minutos finais, em que o adversário lançou-se com tudo para o ataque em busca do resultado positivo. Pior, além de não conseguir acompanhar o ritmo do adversário, ainda passamos a jogar com passes longos e deixamos de tocar a bola, contribuindo na armação de alguns contra-ataques para o adversário. E o Mozzamaq aproveitou bem as oportunidades dadas pelo nosso time. Empatou o jogo e, a partir daí, passou novamente a controlar a partida, chegando logo em seguida à goleada que deu números finais ao jogo.

Lutamos muito. Desta vez não se pode reclamar da entrega dos jogadores em campo, ao contrário do que vinha sendo visto nos últimos jogos. Enquanto conseguimos correr, corremos e chegamos a dominar o jogo por um bom tempo. Mas o time deles tem jogadores leves e rápidos, e nosso time, sem banco, não conseguiu suportar.

No entanto, como disse o Ric depois do jogo, e o pessoal que foi comer uma carne na chácara do Renato concordou, nosso time não tem padrão tático, não sabe como joga, e joga cada jogo de uma maneira. Ainda damos muitas bolas de graça ao adversário, não sabemos valorizar a posse de bola, e um time com uma média de idade maior que a maioria dos adversários não pode se dar ao luxo de ficar correndo atrás do adversário o jogo todo. Corrigindo esse primeiro erro, que para mim é o mais recorrente e o mais grave, os demais erros vão sendo minimizados. Bola para frente que no sábado que vem já tem decisão para nós na APCEF.