segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

FORMAÇÃO IDEAL


Por Ricardo Martins

A partida de sábado teve algumas particularidades que valem a pena discutir. Deixando o lado emocional de lado, até porque a postagem anterior já mostrou como foi a partida, e não levando em consideração as provocações e ofensas feitas por torcedores, jogadores e diretoria rival, é preciso analisar o jogo de uma outra perspectiva. 
A formação que iniciou o jogo, pelo menos do meio pra frente, muito criticada e que levou a culpa dos três gols tomados nos vinte minutos iniciais de jogo, também foi a que ajudou o próprio time a garantir o resultado final, já que três dos seis gols do Dieselcar F.C. saíram dos pés dos dois meias-atacantes. 
É preciso ter muito cuidado ao analisar o individual, pois muitas vezes o coletivo também não esta bem, e com duas, três, quatro substituições, o time passa a achar o jeito de jogar o jogo e consegue impor seu futebol, muitas vezes é na mudança de atitude dentro de campo que isso acontece. 
Mais interessante do que achar a formação ideal é saber olhar para um todo. Cada jogo, ou cada adversário, tem um esquema de jogo bem definido, e, a partir daí, é que precisamos definir qual a formação ideal. Muitas vezes a "culpa" não é dos jogadores que estão naquele momento do jogo, e sim a maneira, vontade e dedicação com cooperatismo por parte do coletivo. 
As mudanças sempre surtem efeito, positivo ou negativo, tudo depende de um contexto futebolístico. Se buscarmos jogos lá pra trás, aqueles que não estavam bem em um o outro jogo, foram os mesmos que decidiram e contribuíram com as vitórias em outras partidas. 
Cada jogador tem suas características próprias que o fazem importante dentro de um grupo, não se pode exigir aquilo que não é característico ou que não faz parte do jogo de cada um. Concordamos também que empenho, vontade, dedicação e coletividade é o mínimo para cada um ir pro jogo nos sábados. Fazia alguns jogos que o Dieselcar F.C. não tinha uma atitude tão louvável e brilhante, mesmo saíndo com o resultado adverso, mesmo reconhecendo que naquele momento, até então, o time adversário era bem superior ao nosso, e que se continuasse naquela lenga lenga, uma goleada estava por vir. 
Não podemos deixar de ressaltar que com a entrada do volante Ademir o time se acertou, achou seu jogo, construiu o resultado na base do toque de bola e motivação, toque de bola curto, característica que jamais, jamais, o Dieselcar F.C. teve em seu jogo. 
Particularmente, não acredito que o nosso articulador da partida de sábado vá continuar indo nas partidas, vá fechar com o grupo. Torço e muito que sim, porque a qualidade, experiência e futebol demonstrado pelo cara foi de encher os olhos, mas vamos esperar pra ver. 
Prefiro depositar minha confiança em quem está fechado com o time e vem fazendo sua(s) funcão(ões) muito bem, para depois não ficarmos na mão!! (espero que eu esteja completamente errado, vou torcer para isso). 
O Dieselcar F.C. sempre foi um time caseiro, tivemos a experiência o ano passado, é só lembrarmos do nosso ex-camisa#10, qualidades não faltavam, mas não deu certo. Mas é de encher os olhos quando vemos o time na situação que se encontra, com o elenco recheado de feras, todo mundo com muita vontade de mostrar seu futebol, todo mundo, errando ou acertando, querendo contribuir com o time nos seus compromissos. 
Bola pra frente, sabadão tem mais pelego e outra história pra contar!!

6 comentários:

  1. Por Fernando Rumiato. Particularmente, gosto muito do que se tem discutido blog, estamos quase atingindo uma discussão filosófica sobre o futebol, muito superior a apresentada pelos alienados e tendenciosos comentaristas de televisão. Acredito que muito do que o Ric disse encontra aplicação plena e irrestrita, é inegável o crescimento que alguns atletas obtiveram após alguns desdobramentos decorrentes do último campeonato, a exemplo do que se verifica com o Lê e agora do Fernandinho. Estamos amadurecendo como time e individualmente. Por vezes sobra vontade em um e falta no outro, ou o contrário. Sempre acreditei que um bom time se constrói de boas figuras individuais, mas atualmente estou tendente a rever meu pensamento e afirmar que quando tivermos um time consistente como um todo, certamente teremos o melhor do potencial de cada um bem explorado. Para dar um exemplo e falar de quem está conosco já há algum tempo, sou admirador do futebol jogado pelo Renato e pelo Negão, mas se formos analisar, apenas esta consistência e qualidade não tem sido suficiente para que nossa defesa, que me também me inclui, não sofra gols (e muitos gols foram sofridos no ano passado). Precisamos melhor organizar todos os setores do campo, e esta questão, sob meu ponto de vista, é principalmente de observar o posicionamento ideal ou aceitável de cada um. Sem mais enrolação, acho que com nossa melhora no coletivo vamos saber explorar melhor o potencial individual dos atletas. Não se trata de questionar se os atletas individualmente exerceram seu papel, mas sim se o time está bem distribuído pelo gramado, e, aí sim, se todos estão cumprido com primor os misteres de suas funções/posições. Para finalizar e também colocar um pouco de "lenha na fogueira", acho que alguns atletas estão sendo escalados fora da posição em que podem render mais, tanto no início como durante as partidas, o que faz com que rendam individualmente pouco, repassando ao grupo as suas próprias dificuldades. O animador é que acho que chegaremos ao campeonato rendendo mais do que foi mostrado até agora, tanto como time como individualmente. Por outro lado, preciso destacar a qualidade dos contratados, que, como todos sabem, tem realizado função diferenciada do que até então tinhamos em campo.
    Parabéns a todos pela vontade de vencer demonstrada no sábado.
    Vamos chegar lá, ajustem são necessários, mas o progresso é notável!

    ResponderExcluir
  2. A função de escalar o time tem sido minha há algum tempo. Quando vou escalar o time, os primeiros a serem escalados são aqueles que estiveram no jogo anterior, a não ser que peça para ficar fora. Quem não foi no jogo anterior só entra jogando se não tiver sete do jogo anterior (Rumiato, por razões óbvias, é exceção, e joga sempre que vai).
    No jogo de sábado, estava em dúvida entre escalar Robinho e Renato. Agora parece óbvia qual a escolha deveria ser feita. Era só ter colocado o Renato na zaga, Negão de volante, Ceará junto do Lê e Ric na frente.
    Mas é preciso ressaltar que, embora soubéssemos que o adversário era forte, não sabíamos como eles jogavam. E, além disso, perdemos do campeão da APCEF jogando com um esquema defensivo e só entramos no jogo quando fomos marcar a saída de bola deles.
    Ao escalar Lê e Ric no meio, a idéia era que os dois pudessem marcar a saída de bola adversária e voltassem acompanhando os meias deles. Só que não aconteceu, e as mudanças foram no sentido de neutralizar os principais jogadores deles.
    Uma coisa é falar depois que a coisa foi feita, outra coisa é ter de decidir antes de a coisa acontecer. Como já erramos ao jogar defensivamente, desta vez erramos ao escalar um time mais ofensivo.
    Para finalizar, se no Dieselcar F.C. não houvesse camaradagem e respeito por aqueles que sábado após sábado estão conosco nos jogos, teria escalado o Ademir desde o começo do jogo, porque conheço muito bem como ele joga e faz o time jogar. Seria muito fácil fazer isso e a gente provavelmente teria vencido a partida até com certa facilidade, mas não são assim que as coisas funcionam.
    O compromisso com o grupo é o que mais conta e continuará contando.
    Alex.

    ResponderExcluir
  3. Alex, por isso que eu disse que ia colocar lenha na fogueira. A questão não está exatamente em quem joga, mas sim como o time vai jogar. Temos que definir um padrão de jogo, se vamos marcar a saída de bola, se teremos uma conduta defensiva ou ofensiva. Se tivermos um padrão de jogo, para quem entra ficará mais fácil entender qual a função a desenvolver. Não se trata de criticar a escalação, até porque a regra de início das partidas é clara a todos e até estimula o comparecimento habitual dos atletas. Certamente comentar a escalação é mais fácil após o término do embate, e é este o motivo de nossa discussão "filosófica", tentar encontrar qual o sistema de jogo mais apropriado para nosso time. Entendo que o melhor é iniciar as partidas com uma atitude mais cautelosa uma vez que, via de regra, os adversários são desconhecidos de nossa equipe. Portanto, não apresento um comentário pessoal sobre um ou outro jogador, nem tampouco sobre o responsável pela escalação, apenas pondero que devemos escolher o sistema de jogo, que, logicamente, deve levar em consideração as virtudes e fragilidades inerentes a cada um. Escolher um sistema de jogo não significa que não podemos alterar a forma de jogar em uma ou outra partida, o que quero dizer é que precisamos escolher "uma regra" a seguir. Na minha visão de jogo, nosso time deve aguardar o adversário em seu campo, realizando forte marcação do meio para trás, buscando o rápido contra-ataque, mas, se vamos conseguir sucesso neste intento é outra coisa. Também acredito que no decorrer da partida a marcação pode ser adiantada, e é para isso que contamos com incontáveis substituições. Esclareço também que, em adição ao apresentado, que as substituições terão mais efeito se tivermos um padrão de jogo, porque assim cada um saberá o que fazer sem termos que improvisar. Hoje temos um elenco com quase dois atletas por posição, o que inibe a necessidade de realizar improvisos. Espero ter colaborado sem ofender, porque não estou escrevendo para criticar, mas sim para estimular, até porque ninguém tem uma visã absoluta sobre futebol, e, como tudo na vida, uma história sempre tem dois ou mais lados.
    Fernando Rumiato

    ResponderExcluir
  4. Entrando no meio da "discussão" (melhor, do debate, já que ninguém está brigando), acho que o posicionamento do Rumiato está certo quanto à necessidade de definirmos um padrão de jogo (se tivermos um estilo definido, quem entra já entra sabendo que vai fazer; claro que isso é na teoria, pois não adianta mandar eu marcar como o Negão ou correr feito o Fernandinho, por exemplo. Mas ao menos sei o que eu deveria fazer, o que já ajuda); a tendência, de um time de que tem esse padrão, é melhorar a defesa e correr menos, porque vamos correr certo.

    Isso é muito importante, pra qualquer time.

    Porém, a tarefa de escalar também não é das mais fáceis. Além de conciliar o lado técnico, tem que cuidar de não melindrar os jogadores que vão sempre em detrimento de um esporádico, ainda que bom (caso do Ademir, por exemplo; o Alex mandou bem nessa), fechar posições, cuidar pra todo mundo jogar... Não é bolinho. Aliás, é por isso que técnico não dura em times profissionais, pois ninguém consegue acertar sempre, e tem um monte de coisas que não dependem dele.

    Em suma, escolho o caminho mais fácil de dizer que "os dois estão certos"; mas isso é o menos importante. O importante é perceber que são esses debates francos que nos farão crescer como time.

    Abraço e Go Dieselcar, go.

    ps: afinal, esse Ademir vai ficar ou não?

    ResponderExcluir
  5. Bom, primeiro, estou achando bem legal esta discussão, ou debate, porque o blog serve para isso mesmo, para trocarmos idéias, porque o tempo que a gente tem depois dos jogos é pouco para essa troca de idéias.
    Então, quando eu escrevi o primeiro comentário, não estava contrariando ninguém, mas apenas expondo o meu pensamento ao escalar o time sábado, já assumindo a responsabilidade por ter escalado o time muito aberto, ainda que a intenção não tenha sido essa.
    Concordo em quase tudo o que todos disseram aqui depois do jogo. Eu, particularmente, gostaria de ver nosso time jogando mais com a bola, em vez de marcar forte e sair no contrataque, mas tenho que concordar que nosso ponto forte hoje é a marcação. Quase todos nossos reforços para o ano tem como ponto forte a marcação. Então acho que este será nosso ponto de partida.
    Por fim, em relação ao Ademir, a vontade dele e do presidente e minha também é de ele fechar com nosso grupo.
    Só que tem um porém, o Ademir eventualmente trabalha aos sábados e pelas próximas seis semanas fará um curso relacionado ao trabalho dele.
    Mas no sábado mesmo ele disse a nós que quer ficar no grupo. E provavelmente ficará, ainda que comece para valer apenas em março. Até porque, como estamos em quinze jogadores no grupo, é possível esperá-lo. Mas o grupo vai acabar decidindo isso.
    Parabéns pela discussão. Mostra que o grupo vem mesmo amadurecendo tanto dentro quanto fora de campo.

    ResponderExcluir
  6. Rapaziada. Quando fiz o post foi na melhor da intenções!! Vejo que estamos com um bom elenco, e o que não quero é passar o que passamos no campeonato; onde tenho certeza que, se pegarmos a grande maioria dos times que enfrentamos lá, só que jogando amistosos, tenho certeza que vencemos a maioria dos jogos. A minha implicância não é em quem está jogando, quem vai entrar ou sair, e sim com que postura e ATITUDE vamos entrar pra jogar ( o negão também sempre fala isso´), e é isso que espero de todos que estão em campo naquele momento ou que sirva para aqueles que vão entrar. Penso que todo mundo que está no time tem condições de jogar, haverá partidas em que um ou outro jogará mais tempo e um o outro estará melhor, rendendo mais e acertando o jogo.

    Com estas discussões, o time só tem a ganhar, e motiva ainda mais para mantermos o blog atualizado!!

    Abraço a todos
    ric

    ResponderExcluir

Pode cornetar