Há muito tempo, antes mesmo deste blog existir, aqueles que comandam o Dieselcar F.C. vêm falando da filosofia do nosso time, da maneira de como gostamos de ver o time atuar, da maneira como conduzimos o time.
Primeiramente, buscamos respeitar todos aqueles que vestem nossa camisa. Aqueles que jogam no Dieselcar F.C. são nossos amigos. Alguns, inclusive, e o Ric é um bom exemplo, foram trazidos por outros jogadores e ficaram, enquanto aqueles que trouxeram já não mais fazem parte do elenco. Ou seja, nosso time sempre foi marcado pelo respeito e amizade, seja dentro ou fora de campo. Tanto é que, desde que o time existe, apenas três jogadores foram convidados a deixar o Dieselcar F.C.
Nossas pretensões nunca foram de montar grandes times. Para mim, pessoalmente, vale mais um jogador esforçado que joga pelo time do que um craque que joga apenas para ele. Até já tivemos jogadores que se destacavam individualmente, mas foram poucos nestes mais de dez anos de time.
Aliás, o melhor Dieselcar F.C. tinha um grande meio campo, formado por Rogerinho, André e Taiano, que sustentava uma zaga que tinha meu pai com cinquenta anos, o finado Roberto, com uns sessenta, e eu, e ainda fez do Geléia um centroavante que marcava gols em todos os jogos, coisa que jamais aconteceu depois de eles irem embora, tentando a sorte em clubes profissionais pelo país e até mesmo no exterior. E todos os três jogavam exclusivamente para o time, sem qualquer vaidade.
Não quero dizer que existe vaidade em nosso time. Não existe, pelo menos eu não vejo isso. O que eu quero dizer com tudo isso é que a característica principal do nosso time, desde sempre, é a busca pelo jogo coletivo. E isso é uma característica nossa. Desde pequeno via meu pai treinando a molecada, e os times sempre jogavam coletivamente, nunca foram baseados em um ou dois jogadores. E o jogo coletivo é tanto com a bola no pé quanto sem ela, na marcação.
Logo, quando a gente entra em campo da forma como entramos no sábado, certamente a chance de perdermos o jogo aumenta bastante. Estivemos muito distante um do outro durante a partida. Marcamos longe, não tocamos a bola com rapidez, buscamos sempre a jogada mais difícil em detrimento da mais fácil, oferecemos a vitória ao adversário e, no momento em que ficamos atrás do marcador, inexplicavelmente perdemos totalmente o controle na partida.
Ainda assim, poderíamos ter vencido o jogo. Durante os primeiros quinze minutos do segundo tempo o jogo esteve para nós, no único momento em que jogamos como Dieselcar F.C., tocando a bola com tranquilidade e buscando as jogadas pelas laterais, mas finalizamos mal as duas chances claras que tivemos. No restante da partida, infelizmente fomos dominados pelo adversário, sem esboçar qualquer reação.
Por fim, não é uma vitória que torna o time excelente nem uma vitória que faz o time se tornar ruim. Nosso time tem muita qualidade. Falta jogar como um time de verdade, um ajudando o outro, como no sábado da estréia. Falta também liderança dentro do campo. Sábado não tivemos ninguém para chamar a responsabilidade quando ficamos atrás no marcador. O único a fazer algo neste sentido foi o Rumiato no intervalo do jogo, e o time cresceu no início do segundo tempo, mas foi só.
Falta ao nosso time buscar o caminho certo. Pelo caminho errado não vamos chegar ao objetivo. E o caminho, pelo menos para mim, é claro. É preciso união, dentro e fora de campo.
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