terça-feira, 31 de maio de 2011

PRÊMIO POR ACREDITAR ATÉ O FIM

Por Alex Cereda
Final do primeiro tempo. O time, que jogou sem qualquer vontade durante os primeiros trinta minutos de jogo, sai de cabeça baixa do campo para o intervalo. O placar é de 2 a 0 para o adversário, que nem precisou se esforçar para marcar seus gols, pois os dois gols foram dados de presente pelo nosso time, que sequer esboçou alguma reação durante todo o primeiro tempo.
O clima é de desânimo, assim como havia sido na semana passada, quando assistimos ao Sede Zero ganhar como quis da gente. A situação estava muito difícil e uma nova derrota praticamente eliminaria o Dieselcar F.C. da competição.
Então no intervalo veio a primeira mudança, que impulsionaria a segunda mudança, que acabou sendo decisiva para a virada que se deu na segunda etapa. A primeira mudança foi mexer taticamente no time. Negão de volante, Ademir adiantado no meio-campo, Henrique de zagueiro, dois laterais que ficavam mais e Leandro e Robinho na frente. Era tudo ou nada, não tinha mais como adiar a recuperação, esperar o próximo jogo.
E a segunda mudança veio no embalo da primeira. Não adiantava ir para o tudo ou nada dormindo, como jogamos no primeiro tempo. O time entrou ligado e mordido. A virada era possível.
A marcação pressão que o time fez surtiu resultado. Antes da metade do segundo tempo o time já dominava totalmente o jogo, o placar já era de 2 a 2, e o time já merecia estar vencendo. Só que para o Dieselcar F.C. nada pode ser fácil assim. Quando o time mais buscava o terceiro gol, levou uma ducha de água fria com o gol adversário, numa jogada individual do muito bom atacante adversário.
Depois de sofrer o terceiro gol, a tática foi para o espaço de vez. Ninguém mais guardava posição, era todo mundo para o ataque buscar o resultado. E num espaço de cinco minutos a APCEF viu Rumiato pegar um pênalti, o Oliveira F.C. fazer 4 a 2, perder um gol incrível num lance de três atacantes contra Rumiato e colocar mais uma bola na trave. Parecia que o Dieselcar F.C. estava morto, mas não mataram o nosso time, e nosso time continuou acreditando.
E nos últimos cinco minutos veio o prêmio pela persistência, pela ousadia, por ter sempre acreditado que era possível, por ter mostrado, enfim, o que é o Dieselcar F.C. Ninguém mais acreditava na gente, talvez nem nós mesmos acreditávamos que a virada era possível, mas era possível.
E em cinco minutos e três gols depois, a classificação estava nas mãos do Dieselcar F.C. Sinceramente nem me lembro da ordem dos gols. Foram dois de falta direta e um de cavadinha, mas dizer a ordem é demais para mim.
Para terminar, quero apenas fazer algumas colocações aqui:
1. Antes do jogo, falávamos que nosso time não vibrava em campo. Quando passou a vibrar, ainda que não tenha jogado bem, e numa análise mais fria o futebol que a gente apresentou durante praticamente toda a partida foi fraco, nosso time vibrou e buscou o resultado durante o segundo tempo inteiro. Finalmente nosso time entendeu que, em um campeonato equilibrado como o que a gente disputa, a vontade ganha jogo. E o Dieselcar F.C. ganhou sábado na base da vontade, do coração mesmo. Não tem outra explicação.
2. Ver o banco jogando com o time no segundo tempo foi muito importante. Quando todos jogam juntos, querendo a mesma coisa, o objetivo fica muito mais fácil. No nosso time todos são importantes, mesmo os que não jogam.
3. Nosso time ainda não está classificado. Pode entrar em campo já classificado em caso de derrota do Oliveira F.C. para o Amigos do Samba, mas ainda não está classificado. E, como será abordado em uma postagem futura, nosso time pode até ser o quarto colocado na classificação, com uma combinação de resultados não tão improvável. É hora de entrar em campo no próximo sábado com a mesma vibração do segundo tempo do sábado passado, mas com uma postura organizada em campo, para conseguirmos o resultado que precisamos.
4. Parabéns a todos os que estiveram em campo no último sábado e honraram nossa camisa. O que a gente fez no último sábado é algo inesquecível. Parabéns!

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