quinta-feira, 29 de setembro de 2011

DERROTA DA AFOBAÇÃO

Por Alex Cereda

Jogo equilibrado decide-se, normalmente, em detalhes. A diferença é pouca e qualquer desequilíbrio normalmente é fatal. Para quem assistiu ao nosso jogo no sábado passado, foi visível nossa incapacidade de manter a tranquilidade quando mais precisávamos dela.
Desde o começo do campeonato muita gente tem falado que o campeonato é muito, muito equilibrado mesmo. São dez times praticamente iguais. O que diferencia é o preparo físico, o número de jogadores no banco, a vontade mostrada em campo, a tranquilidade ao se entrar em campo.
O adversário de sábado era o quarto colocado do campeonato. Um bom time, bem armado, leve, entrosado, que aposta no futebol coletivo, no qual todos participam do jogo de forma constante, sem um destaque individual. Precisava vencer tanto quanto a gente e, mesmo quando não estava vencendo, continuou jogando da mesma forma, sem mudar a forma de jogar.
Enquanto isso, nosso time mais uma vez oscilou muito dentro do campo. Começamos mal, sofremos um gol, mas conseguimos acertar o que estava errado antes de levarmos o segundo gol, e o time passou a jogar de forma igual ao adversário, deixando o jogo equilibrado. E os últimos dez minutos do primeiro tempo foram nossos, quando empatamos o jogo e fomos superiores ao time do Oliveira F.C.
O começo do segundo tempo foi bastante equilibrado, e o nosso time procurava fazer o que faz de melhor, tocar a bola. Nosso toque de bola é bom, mas tem sido, inexplicavelmente, pouco explorado neste campeonato. Tocamos pouca bola, valorizamos muito pouco a posse de bola. Mas no começo do segundo tempo o time tocava a bola a contento, e como consequência veio o gol da virada. 
Só que sequer deu tempo para comemorar, para assimilar a vantagem. No lance seguinte, falha individual e empate do adversário. E a partir daí a coisa desandou. É incrível como o gol mudou completamente a forma de jogar do nosso time. Se até o gol de empate do Oliveira F.C. nosso time tocava a bola, a partir daí nosso time simplesmente acabou como time. Era praticamente cada um por si, buscando resolver o jogo.
O desequilíbrio custou caro. A partir do gol de empate, nosso time passou a forçar o jogo de qualquer jeito buscando o ataque, e assim não é possível chegar a lugar algum. Saída errada de bola no meio, e contra-ataque fatal do adversário. O que estava ruim ficou pior, e a partir daí nosso time desandou de vez, só não levando mais porque mais uma vez Rumiato trabalhou bem e porque a defesa suportava as investidas do ataque do Oliveira F.C. do jeito que dava.
No final, mais uma derrota e a sensação de que a coisa poderia ter sido diferente se jogássemos da mesma forma que jogamos nos amistosos. E neste jogo sequer podemos colocar a culpa nas improvisações. Tirando a lateral direita, em que nossos dois laterais estão contundidos, e obrigatoriamente temos que improvisar, e o Fernando, que começou jogando na frente e foi, novamente, bem, os demais jogaram em suas devidas posições.
Digo mais uma vez que, se não encararmos o jogo coletivamente, buscando tocar a bola e ajudar um ao outro, a coisa não vai. Se não nos comportarmos como um time, não adianta, a coisa não vai. Enquanto estivermos jogando para nós mesmos, e não para o Dieselcar F.C., seremos derrotados a cada vez que entrarmos em campo.

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