CLIMA DE DECISÃO

Por Alex Cereda

Já dizia a propaganda que a primeira vez a gente não esquece. Depois de sofrer sem necessidade para passar pelo Mercado Alves na semifinal da chave prata, é hora de jogarmos nossa primeira decisão. O adversário é o já conhecido Oliveira F.C., que eliminou o Ouro Verde com duas tranquilas vitórias.

O Dieselcar F.C. está bem focado na importância que a partida tem. Vale taça e é nela que o time pensa. Uma vitória coroará um bom campeonato realizado pela equipe, em que o time iniciou oscilante e cresceu durante a competição, ainda que tenha sofrido demais com as contusões de alguns jogadores.

E por falar em contusão, a equipe deve ter, para a partida final, dois reforços voltando de contusão. Betão e Markin devem estar a disposição do técnico Odair, outro que volta depois de ter se ausentado por três jogos.

Para chegar à final da chave prata, nosso time precisou passar pelo Mercado Alves na semifinal. Depois de perder a primeira partida por 7 a 3, jogando desde o começo da partida com um jogador a menos e a parte final do jogo com dois jogadores a menos, o time entrou em campo no sábado passado precisando vencer no tempo normal para recuperar a vantagem do empate na prorrogação.

Não foi fácil, ainda que o time tenha começado o jogo em um bom nível. Dominando o jogo desde o início, o Dieselcar F.C. abusou de perder gols no primeiro tempo. Fomos para o intervalo com uma vantagem de dois gols, mas poderíamos ter definido o tempo normal ainda antes do intervalo.

E como diz o ditado, quem não faz, toma. A equipe voltou apática e nervosa para o segundo tempo e viu o adversário crescer na partida. Sem ter o que perder, o time do Mercado Alves lançou-se ao ataque buscando a reação que lhe daria a classificação. Enquanto isso, o Dieselcar F.C. falhava na marcação, permitindo ao adversário a reação que lhe convinha.

E não demorou para o Mercado Alves diminuir a desvantagem para, logo em seguida, empatar o jogo. Aquilo que parecia fácil tornava-se dramático, e seria necessário novamente o time colocar a bola no chão e jogar futebol para chegar a vitória. As alterações feitas depois do empate surtiram efeito e nosso time novamente passou a dominar o jogo, mas, assim como no primeiro tempo, esbarrava na falta de pontaria na hora de colocar a bola para dentro.

Até que, faltando menos de cinco minutos para a desclassificação, veio o gol que nos levava à prorrogação. Depois do gol, foi só segurar o marcador favorável e, com o apito do árbitro, ter novamente a vantagem ao nosso lado. A primeira parte do desafio tinha sido cumprido.

Na prorrogação, novamente nos demos ao luxo de perder gols. A virada do primeiro tempo para o segundo com o placar em branco trazia uma grande tensão para o jogo. Não era mais permitido errar. E logo no começo do segundo tempo da prorrogação o Dieselcar F.C. matou o jogo ao fazer o primeiro gol. Era o gol da classificação, já que o Mercado Alves não tinha mais forças para reagir. Ainda deu tempo para marcarmos o segundo gol e carimbar nossa vaga para a final.

O que ficou de positivo da semifinal foi a determinação do nosso time em passar à final da chave prata. Não houve desânimo em momento algum. Mesmo quando estivemos em clara desvantagem na primeira partida, o time não deixou de correr e lutar. A mesma atitude foi mostrada na segunda partida, quando mesmo vendo o resultado escapar, tivemos capacidade de retomarmos o domínio perdido do jogo e fazer o resultado que era necessário.

O jogo de amanhã será ainda mais complicado e especial. Vale a primeira taça do Dieselcar F.C., e pelo que conversei na noite de ontem com o Zé Carlo e o Fernando, nosso time vai entrar com a mesma determinação para fazer história.